O chão devolve a luz geometrizada,
não me devolve. Apoia os pés das crianças,
me empurra,
derruba. Ergo andaimes,
ato cordas em nós,
tiro plantas de minhas frestas
— não de concreto,
sou de pedra abstrata. A sola estoura o chão empoeirado,
me assola. Desvia linhas e insetos
em saltos,
concretos. Mas eu sou paz desabstrata. Desato raízes,
não ergo barragens.
Devolvo viva a luz
— sou pele d’água,
não geométrico.